Alexandre Farto aka Vhils (1987) desenvolveu uma linguagem visual singular com base na remoção das camadas superficiais de paredes e outros suportes através de ferramentas e técnicas não convencionais. Começou a interagir com o espaço urbano através da prática do graffiti no início da década de 2000. Descascando as camadas da nossa cultura material como um arqueólogo urbano contemporâneo, Vhils reflecte sobre o impacto da urbanidade, do desenvolvimento e da uniformização global sobre as paisagens e a identidade das pessoas. Destruindo para criar, Vhils formula proposições visuais poderosas e poéticas a partir de materiais que a cidade rejeita, humanizando zonas deprimidas com os seus comoventes retratos em grande escala. Desde 2005, tem apresentado o seu trabalho à volta do mundo em exposições, eventos e outros contextos – do trabalho com comunidades nas favelas no Rio de Janeiro a colaborações com reputadas instituições como o Contemporary Arts Center (Cincinnati), Le Centquatre-Paris (Paris), CAFA Art Museum (Pequim), Hong Kong Contemporary Art Foundation (Hong Kong), Palais de Tokyo (Paris), Fundação EDP (Lisboa), e o Museum of Contemporary Art San Diego (San Diego), entre outras. Um ávido experimentalista, além da sua inovadora técnica de escultura em baixo-relevo, Vhils tem desenvolvido a sua estética pessoal numa multiplicidade de suportes: da pintura com stencil à gravura em metal, de explosões pirotécnicas e vídeo a instalações esculturais e grandes painés de azulejo. Também já realizou vários videoclipes, curtas metragens e produções de palco. (fonte: festival iminente)